*Grupo Coco da Xambá no Estrela da Lapa*
O FESTLIP está promovendo eventos paralelos às apresentações teatrais, e um destes foi a Festa Musical no Estrela da Lapa com apresentações de músicos brasileiros e internacionais dos países participantes do evento. Além da entrada franca e do lugar belíssimo que é o caso do Estrela da Lapa, a noite contou com os astros da música cabo-verdiana do Grupo Fidjus e de Mário Lúcio, da música angolana de Abel Duerê e do DJ Falcão, além da música brasileira contagiante do grupo Coco da Xambá.
Apesar da pouca convivência com a linguagem musical dos africanos, percebe-se que os ritmos, a execução musical, a interpretação e a interação com o público nos são familiar, portanto, além de ninguém ficar parado, a empatia através dos timbres, da síncope e da dinâmica musical é sobre natural, coisas da ancestralidade!
O Brasil representado pelo grupo Coco da Xambá (o qual pertence a uma comunidade terreiro de Pernambuco) abriu os shows da noite agitando o salão com as alegres danças do coco, lembrando Jackson do Pandeiro; não faltaram as emboladas e as danças do grupo em cima do palco, animavam ainda mais o público. O grupo Coco da Xambá reservou em suas homenagens uma música para Ogum, orixá guerreiro Deus protetor dos que trabalham com o ferro e com o couro, tudo haver com o grupo que é formado por inúmeros instrumentos musicais rítmicos de couro, além da pertinência de ser este um dos orixás mais cultuados no Rio de Janeiro através do sincretismo: Ogunhê meu pai! Por fim, o Coco da Xambá trouxe uma última música no estilo ritual evocando ‘Odé’, nome pelo qual são referidos Oxossi e todos os orixás caçadores como Logun-Edé. Neste clima de magia, saudação e energia, terminaram sua brilhante passagem pelo Rio de Janeiro. Axé Coco da Xambá! Obrigada pela gentileza de sairem do camarim para fotografarmos juntos! Voltem sempre!
*Minha foto com o Grupo Coco da Xambá *
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