♫AMIGOS DO AFRO CORPOREIDADE♫

domingo, 28 de fevereiro de 2010

♫HOMENAGEM A WALTER ALFAIATE: UM SER DE LUZ!♫


Mais um baluarte do Samba e da Portela foi iluminar o céu com seu brilho e sua arte. Falo do Compositor, Cantor, Walter Alfaiate (Walter Nunes de Abreu, 1930 - 2010) que nasceu e foi criado no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, onde desde criança gostava de cantar.


Começou no coral do Colégio Mendes Viana, também em Botafogo, e aos 13 anos iniciou seus trabalhos de alfaiataria, profissão que exerceu por muitos anos. Desde cedo freqüentou os blocos carnavalescos de Botafogo e adjacências, como compositor e fazendo parte do núcleo de sambistas do bairro.

Em 1947 conheceu Mauro Duarte no campo do Fluminense, após uma partida de futebol no qual os dois, Botafoguenses, presenciaram a derrota do alvinegro. Por essa época, conheceu também outros compositores do bairro e fez parte da geração que incluía, além de Mauro Duarte, Mical, Zorba Devagar, Niltinho Tristeza, geração que viria a influenciar outro jovem compositor, também de Botafogo, Paulinho da Viola. Pertenceu Ala de Compositores do Bloco Mocidade Alegre de Botafogo, Bloco do Funil, São Clemente e Foliões de Botafogo.


Teve sete filhos com quatro esposas diferentes.Viveu no próprio ateliê, em Copacabana, desde 1980, entre rolos de tecido e registros de shows e sambas.

No ano 2000, foi o anfitrião de uma roda de samba no bar Far Up, em Botafogo, que reuniu sambistas como Rildo Hora, Guilherme de Brito, Nei Lopes, Elton Medeiros, Beth Carvalho e Cristóvão Bastos, entre outros. Integrante da Ala dos Compositores da Portela, freqüentador da escola desde o tempo em que ela ensaiava no Mourisco, sede do Botafogo Futebol Clube.

Já estamos sentindo falta desta presença sorridente, da sua alta costura de sambas entre a zona norte e a zona sul do Rio de Janeiro, da sua voz marcante! Ficamos com o brilho do seu olhar, das suas músicas e aquele brilho que do céu iluminará nossas noites de furdunço! Sua Benção Walter Alfaiate!



sábado, 27 de fevereiro de 2010

*OFICINAS DE HISTÓRIA GRATUITAS NO MEMORIAL DOS PRETOS NOVOS* NÃO PERCAM!




Passamos aqui o endereço do Ponto de Cultura Memorial Pretos Novos, as sinopses das oficinas e grade com as datas e horários.
*Rua Pedro Ernesto nº 32, Bairro Gamboa, Zona Portuária, Próximo a Radio Tupi, é na mesma rua do Centro Cultural José Bonifácio.

*As inscrições deverão ser por via e-mail, favor mandar os seus dados, nome completo, endereço, telefone, e-mail e indicar a(s) oficina(s) que queiram fazer, concomitantemente com as suas datas preferidas.
*Aguardamos as suas inscrições*
*Equipe Ponto de Cultura Memorial Pretos Novos

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

*Historiadora norte-americana destaca papel de angolanos na fundação dos EUA*



Estudos mais recentes apontam três povos que intervieram na criação dos EUA, que são a tribo indígena Pawhattans, os ingleses e os angolanos".

Escravos carregando café Luanda - Escravos oriundos de Angola participaram activamente na fundação dos Estados Unidos da América (EUA), revelou a historiadora e cineasta americana Sheila Walker, em Luanda.


A investigadora, que falava durante uma palestra sobre "A Presença Angolana nas Américas", segunda-feira, disse que, ao contrário das antigas teorias que apontavam para os ingleses como os únicos criadores dos EUA, estudos mais recente indicam que angolanos e índios da tribo Pawhattans participaram também na criação do Estado americano.


"Estudos mais recentes apontam três povos que intervieram na criação dos EUA, que são a tribo indígena Pawhattans, os ingleses e os angolanos e para comprovar este facto há vários registos disponíveis em museus e até no cinema", reafirmou Sheila Walker, membro do Comité Internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).


Explicou que os escravos provenientes de Angola (15 homens e 17 mulheres) foram os primeiros africanos a chegar aos EUA, no Estado de Virgínia, no início do século XVII quando foram desviados de um barco espanhol que se dirigia para o México por um navio inglês.


Sublinhou que a presença angolana nas Américas estende-se desde a Argentina até ao Canadá, com maior incidência nos EUA, onde há uma forte presença do nome Angola na culinária, nas ruas e numa prisão, assim como muito dos seus hábitos, costumes, rituais, danças, entre outros aspectos culturais.


A pesquisadora recordou que a escravatura não se limitou a levar para as Américas indivíduos para servirem de mão-de-obra barata nas grandes plantações, mas também os europeus buscaram em Africa pessoas com certos conhecimentos nos ramos da medicina, da agricultura, da culinária, dos mineiros, entre outros sectores de desenvolvimento.


"A escravatura serviu também para os europeus fazerem a transferência de cérebros e de indivíduos com algum conhecimentos para as Américas para desenvolverem vários sectores nos quais os africanos eram peritos", ressaltou a directora executiva da ONG Afrodiaspora, que realiza séries documentais e elabora materiais educativos sobre a integração de africanos na diáspora.


A palestra, organizada pela Embaixada dos Estados Unidos em Angola, foi assistida por historiadores e investigadores, bem como pela ministra angolana da Cultura, Rosa Cruz e Silva, e pelo embaixador norte-americano, Dan Mozena.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

*VÍDEO: NEGROS! DIGA NÃO AO PRECONCEITO RACIAL!

APERTE O PLAY E ASSISTA AO VÍDEO: NEGROS!

EM POUCOS MINUTOS UMA GRANDE MENSAGEM!

*Filme Disponibilizado através de email pelo amigo Adagoberto do IPCN(Instituto de Pesquisa das Culturas Negras) a quem agradeço!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

*AFIRME-SE! CAMPANHA PELA MANUTENÇÃO NO STF DAS POLÍTICAS DE AÇÃO AFIRMATIVA. PARTICIPE!*



*Movimento Social tem que levantar R$ 800 mil em 3 semanas para defender na mídia ações afirmativas.*


SOB ATAQUE NO STF (Supremo Tribunal Federal), A IDÉIA DA CAMPANHA É PUBLICAR ENTRE OS DIAS 1 A 4 DE MARÇO/10 UM ANÚNCIO DE PÁGINA INTEIRA COMPRADA NOS JORNAIS FOLHA DE S.PAULO, O GLOBO, O ESTADO DE S.PAULO E CORREIO BRAZILIENSE, AFIRMANDO A CONSTITUCIONALIDADE DAS AÇÕES AFIRMATIVAS. ALÉM DE SPOTS EM RÁDIOS E VTS EM TELEVISÃO. O CUSTO É DE MAIS DE R$ 800 MIL (veja dados abaixo).



Os detratores das políticas compensatórias de ação afirmativa têm amplo e privilegiado espaço em grandes jornais, rádios, TVs e editoras para falar e escrever todo tipo de ataque contra as tímidas conquistas alcançadas pela sociedade brasileira nos últimos nove anos com a implantação dessas políticas por algumas instituições.O jornalismo da Globo, dirigido por Ali Kamel, é direcionado para dar tempos e espaços gratuitos a esses detratores, como o uspiano Demétrio Magnoli.



A grande mídia não vai abrir espaço para os defensores das ações afirmativas. Se quiser dar a sua versão em páginas compradas em 4 jornais, como Folha de S. Paulo, O Globo, Correio Braziliense e O Estado de S. Paulo, os setores beneficiados ou que apóiam políticas de ação afirmativa terão de conseguir ao menos R$ 800 mil de agora até o dia 3 de março, quando se inicia o debate no Supremo Tribunal Federal sobre a continuidade ou extinção das cotas e demais políticas similares. (Leia dados no texto sobre apoio da Propeg).


160 mil pessoas que doem apenas R$ 5, de uma única vez, depositando esse valor em conta corrente a ser administrada pelo FBDH, já alcançariam aquela soma aparentemente inalcançável em tão pouco tempo e nas condições emergenciais em que a campanha deve ser divulgada.


PARA ISTO, DOE O QUANTO PUDER POR DEPÓSITO OU TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA. O FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS É RESPONSÁVEL PELA CONTA. TODO O RECURSO DOADO SERÁ EXCLUSIVAMENTE PARA PAGAMENTO DOS FORNECEDORES DA CAMPANHA (JORNAIS, RÁDIOS ETC), A PARTIR DE DEFINIÇÃO DE AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO DA AGÊNCIA PROPEG DE PUBLICIDADE.


*NO PRÓXIMO SÁBADO, 27/2, DIVULGAREMOS NO BLOG http://afirmese.blogspot.com/ O EXTRATO BANCÁRIO DO FBDH COM O SALDO DA CONTA.


*REPITO POR SER IMPORTANTE: 160 mil pessoas doando apenas R$ 5 cada, de uma única vez, ajudariam a alcançarmos nossa meta e pagar por essa campanha histórica do movimento social. Faça Sua Parte: AFIRME-SE!

FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS
Conta corrente:65.354-9 Banco Itaú / Agência: 0061
CNPJ p/transferência:07922437-000121


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

♫FESTA MAKULA NO MOFO DA LAPA - 04 DE MARÇO, 22H♫


A MAKULA é basicamente uma festa de Afrobeat, gênero musical que assimila jazz, soulfunky e elementos propriamente africanos criado pelo nigeriano Fela Kuti. Também marcam presença nela outros ritmos africanos como Highlife, Juju Music, Soukous, Afrorock, Afrosoul, Voodoo Funk, Räi, Kuduro etc.

Seguindo uma filosofia musical panafricanista, a MAKULA faz comparecer na data, nos CDJs do Mofo Lapa, bandas e artistas como Matata, Antibalas Afrobeat Orchestra, Konono, Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou, Manu Dibango, King Sunny Ade, Joni Haastrup, Tony Allen, Miriam Makeba, Orlando Julius & His Afro Sounders, Seun Kuti, Wallias Band, Lafayette Afro Rock Band, African Brothers Band, Ikenga Superstars of Africa, Mulatu Astatke, The Daktaris, Jingo, Fanga etc (além do referido fundador da banda Africa 70, obviamente), mostrando a potência dos sons e ritmos do continente negro num repertório muito pouco – quando nunca – executado pela grande maioria dos DJs cariocas, e mesmo pelos de outros estados do país.

Com mais de um ano de atividade, a MAKULA já recebeu os poucos e seminais DJs da cidade ligados à música afro como: Stephane San Juan, Dany Roland, MAM e o referencial Mauricio Valladares.

A MAKULA tem em sua equipe de DJs: Gustavo Benjão, Lucio Branco e Zé McGill.

A grife BALACO, da estilista Júlia Vidal, especializada em roupas e design de inspiração afrobrasileira, dá o tom geral da MAKULA. A BALACO traz e customiza elementos da rica cultura do continente negro para a MAKULA, numa parceria que confere a devida legitimidade a esta festa 100% África.

PS: A quem possa ocorrer que o nome da festa tenha relação com o craque do Bangu dos anos 1980/90, saiba que não há coincidência alguma nisso: trata-se mesmo de uma singela homenagem ao carrasco de Moça Bonita.

5ª feira, 04 de março

Mofo Lapa (R. Mem de Sá, 94 – Lapa)
Tel. 2221-9851R$15,00A partir das 22hs

CONTATO:GUSTAVO BENJÃO: 9762-6042LUCIO BRANCO: 9391-9041/2239-9315ZÉ McGILL: 9253-3108
http://www.myspace.com/festamakula

Programa MAKULA ao vivo, no dia da festa, 04/03, 5ª feira, das 17hs às 19hs, na Rádio Gruta:
www.radiogruta.com


*CURSOS PARA MOVIMENTOS SOCIAIS da Escola de Comunicação da UFRJ*



A Escola de Comunicação da UFRJ, junto com o Pontão da ECO, abre vagas para integrantes dos Pontos de Cultura e movimentos sociais nas seguintes disciplinas de graduação:

*
Linguagem Audiovisual I

Teoria e crítica do cinema. Diferentes linguagens cinematográficas. Gêneros do Cinema. Cinema e novas tecnologias. Vídeo-arte.

*
Roteiro e Redação de Audiovisual

O roteiro e os processos de produção audiovisual. Funções e usos do texto no audiovisual. O processo de criação e os elementos do roteiro. O drama. Formas de apresentação do roteiro. Diálogos e narração. Adaptação de obras literárias.

*
Cinegrafia

Características plásticas da iluminação e dos recursos técnicos de registro de imagens em movimento. Aspectos formais das imagens cinematográfica e videográfica. Segmentação da narrativa audiovisual. Análise estética da imagem. Decupagem.

*
Linguagem Gráfica

Uso de elementos gráficos, com características nos projetos de planejamento visual, layout, arte final, composição e seleção de tipologia. Estética da forma. Cores, medidas, aplicações. Comunicação Visual.

*
Fotografia

História da Fotografia. Teoria das cores. Luz e sombra. Usos da fotografia.

*
Gravação e Mixagem de Audio

Tipos de microfones e sua utilização. Técnicas de gravação e mixagem de som. Operação em estúdio, operação em externa. Edição de som. Análise comparativa de gravações. O som no rádio, na televisão, no cinema, no teatro, no disco e no show ao vivo.

*
As aulas acontecem na Escola de Comunicação da UFRJ (
http://www.pontaoda eco.org/como- chegar),
Início dia 22 de março e término até o dia 24 de julho de 2010.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

"Agradeço a Todos os Deuses Por Meu Espírito Invencível. Sou o Dono de Meu Destino. Sou o Capitão de Minha Alma.” (Nélson Mandela)


*ESTAS FORAM AS PALAVRAS DE MADIBA (Apelido de Nélson Mandela) CITANDO PARTE DO POEMA INVICTUS ESCRITO PELO POETA INGLÊS William Ernest Henley (1849-1903) EM 1875 E PUBLICADO PELA PRIMEIRA VEZ EM 1888. O POEMA INVICTUS INSPIROU O LÍDER SUL AFRICANO DURANTE O TEMPO QUE PASSOU NA PRISÃO (27 ANOS) POR TER LUTADO CONTRA O REGIME DO APARTHAID QUE DETERMINAVA A SEGREGAÇÃO RACIAL NAQUELE PAÍS. ONTEM ASSISTI AO FILME QUE É ÓTIMO, UM EXEMPLO DE SUPERAÇÃO E DETERMINAÇÃO DE UM ESPÍRITO SUPERIOR AQUI NA TERRA! EIS O POEMA PARA COMEÇARMOS A SEMANA INSPIRADOS E INVENCÍVEIS! SALVE MANDELA:
*
INVICTUS

(Autor: William E Henley

Tradutor: André C S Masini

*
Do fundo desta noite que persiste

A me envolver em breu - eterno e espesso,

A qualquer deus - se algum acaso existe,

Por minh’alma insubjugável agradeço.

*
Nas garras do destino e seus estragos,

Sob os golpes que o acaso atira e acerta,

Nunca me lamentei - e ainda trago

Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

*
Além deste oceano de lamúria,

Somente o Horror das trevas se divisa;

Porém o tempo, a consumir-se em fúria,

Não me amedronta, nem me martiriza.

*
Por ser estreita a senda - eu não declino,

Nem por pesada a mão que o mundo espalma;

Eu sou dono e senhor de meu destino;

Eu sou o comandante de minha alma.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

♫JONGO PARA CRIANÇAS: A RODA e a HISTÓRIA NO LIVRO JONGO DA ESCRITORA SÔNIA ROSA♫

*Por Denise Guerra*


O Jongo é uma manifestação cultural afro-brasileira. É uma forma de expressão que integra percussão de tambores, palmas, canto responsorial, dança coletiva em roda com solo de pares ao meio dando umbigadas e elementos mágico-poéticos com enigmas a serem desvendados. O Jongo foi proclamado patrimônio cultural afro-brasileiro em novembro de 2005 pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Suas raízes vem das tradições dos povos africanos em especial os da etnia bantu (negros chamados Angolas, Congos, Cabindas, Benguelas e Moçambiques), muito presente no sudeste brasileiro. Ao longo dos tempos o Jongo se afirmou como manifestação de uma identidade cultural, como espaço de resistência para várias comunidades afro-descendentes e como louvação aos ancestrais.

As crianças antigamente eram proibidas de frequêntar as rodas de jongo que eram dançadas só pelos adultos, no entanto, em torno da década de 60, os antigos jongueiros da Serrinha estimulados pelas ideias do Mestre Darcy do Jongo começaram a incentivar as crianças da comunidade a aprenderem o canto e a dança dos seus ancestrais jongueiros. Mestre Darcy do Jongo dizia que se as crianças não perpetuassem esta raiz cultural o jongo morreria com os mais velhos e nós perderíamos este tesouro da cultura afro-brasileira. Assim nasceu o Grupo Cultural Jongo da Serrinha.

A expressão vocal do jongo chama-se “ponto”, são as letras enigmáticas que deverão ser desamarradas como num desafio na hora das rodas de jongo e cada classe de ponto tem seus objetivos. Os pontos podem ser de Abertura ou Licença(para iniciar as rodas), de Louvação (saudando os ancestrais), de Visaria (para alegrar e divertir a comunidade), de Demanda (é como um desafio a outro participante da roda), de Encante (quando um jongueiro deseja enfeitiçar o outro pelo ponto) , de Despedida ou Finalização (ao final da roda de jongo).

No caso das crianças o ponto que melhor se aplica a sua participação são os pontos de Visaria. Pesquisei alguns destes cantos e vou desfilar uma pequena amostra aqui. É com imenso prazer que cito o jongo “As Baratas” do grupo cultural jongo da Serrinha -Rio de Janeiro, cantado pelo Mestre Darcy do Jongo com quem tive a honra de conhecer e aprender esta pérola. Aqui vai a primeira parte deste jongo, pois, é a mais cantada pelas crianças.

*
Com a letra curtinha, repetitiva e bem lúdica encanta as crianças:
“Eu nunca vi tanta barata” (2vezes)
“Sinhá dona pega o chinelo e mata”
A partitura mostra uma letra um pouco diferente na segunda frase, mas, foi assim que aprendi com o Mestre Darcy e tenho usado com aprovação das crianças.


A próxima mostra é dos jongueiros do Quilombo São José – Valença, Estado do Rio de Janeiro. Deixa a Moreninha Passear, aqui na partitura também está com a letra um pouco diferente do que eles cantam no quilombo e do que foi gravado, então coloco a letra que eles dão preferência:
“Deixa a moreninha passear” (2 vezes)
“O terreiro é grande, deixa a moreninha passear”


Cito mais dois jongos de visaria que são muito interessantes para as crianças: "Pra que Pente" (Domíno público, gravado pela Luísa Marmelo do Jongo da Serrinha) e "Caxinguelê (Vovó Maria Joana, do jongo da Serrinha, Mãe de Seu Darcy do jongo):

(Pra que pente - Domínio Público)

"Pra que pente ô Teresinha (2 vezes)

Se ocê não tem cabelo, pra que pente ô Teresinha"

*

(Caxinguelê - Vovó Maria Joana)

"Ah! eu fui no mato...

eu fui cortar cipó...

Ah! eu vi um bicho...

Esse bicho era caxinguelê

Eu apanhei o côco - (Coro Responde: Caxinguelê tá me olhando)

Eu levei o côco - (Coro responde: Caxinguelê tá me olhando)

Eu parti o côco - (Coro responde: Caxinguelê tá me olhando)

Eu comi o côco - (Coro responde: Caxinguelê tá me olhando)

Fiz pudim de côco - (Coro responde: Caxinguelê tá me olhando)

Bolo de côco - (Coro responde: Caxinguelê tá me olhando)

Uma outra forma de passar o jongo para as crianças é apresentando-lhes as histórias como esta que foi contada lindamente no livro infantil JONGO da autora SÔNIA ROSA, minha amiga da pós-graduação em cultura africana, editado pela Pallas, na série Lembranças africanas, em 2004, com ilustrações de Rosinha de Campos. Eis a capa do livro:


O livro Jongo repleto de lindos desenhos simbolizando o jongo e a cultura afro-brasileira, mostra a dança, os tambores, e os jongueiros crianças e adultos.


No texto encantador da autora Sônia Rosa, vemos a simplicidade e as rimas relacionadas ao ritmo do jongo, como se as palavras cantassem e dançassem o jongo, cheio de gingados e ludicidade próprios da espontaneidade da criança:

NOSSO POVO DANÇANDO

ONTEM E HOJE

REQUEBRANDO, REQUEBRANDO

AO SOM DO BATUQUE

NO MEIO DA RODA

É JONGO

É CONGO

É ÁFRICA

É BRASIL


Esta é a autora Sônia Rosa, Escritora da literatura infantil com mais 30 livros publicados e diversos prêmios literários recebidos por seu magnífico trabalho! Agradeço imensamente a escritora Sônia Rosa pela liberação das imagens e texto do seu livro desejando muito mais sucesso na sua carreira!



*Fonte:
http://www.jongodaserrinha@.org.br
http://www.cnfcp.gov.br/pdf/Patrimonio_Imaterial/Dossie_Patrimonio_Imaterial/Dossie_Jongo.pdf
http://images.google.com.br (fotos das crianças da Serrinha)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

*CALENDÁRIO DA MEMÓRIA NEGRA PRODUZIDO PELO "COISA DE CRIOULO", VALE APENA DIVULGAR!*


*CAROS AMIGOS (AS), APESAR DE COLOCAR SEMPRE AS DATAS DE DOIS MESES DO CALENDÁRIO AFRO NO CANTO ESQUERDO DO BLOG, LOGO ABAIXO DO BLOG DOS AMIGOS, CONFIRA AQUI OS MESES DE FEVEREIRO E MARÇO (Fonte Quilomboje e Almanaque Pedagógico Afro-Brasileiro) , ESTOU SOCIALIZANDO ESTE LINDO TRABALHO DISPONIBILIZADO PELO PESSOAL DO COISA DE CRIOULO. DIVULGUE, APROVEITE!

*FONTE: http://www.coisadecrioulo.com.br

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Parlamento de Uganda Está Se Preparando Para Passar Uma Nova Lei Brutal, Que Punirá Gays Com Sentenças De Prisão e Até Pena de Morte.*


Críticas internacionais levaram o presidente a pedir uma revisão da lei, mas após forte lobby por extremistas, a lei parece estar pronta para votação -- ameaçando gerar perseguição e derramamento de sangue.


Oposição à lei está crescendo, inclusive da Igreja Anglicana. O ativista de direitos gays na Uganda, Frank Mugisha, diz que "Esta lei nos colocará em grande perigo. Por favor, assine a petição e diga a outros para se juntarem a nós. Caso haja uma grande resposta global, nosso governo verá que a Uganda será isolada no cenário internacional, e não passará a lei".


É esperado que uma decisão seja tomada nos próximos dias, e só uma onda de pressão global será suficiente para salvar Frank e muitos outros. A petição global para impedir a lei de morte para gays já ultrapassou 340.000 assinaturas em menos de uma semana, clique abaixo para assinar e depois divulgue:




Essa petição será entregue esta semana ao Presidente Museveni e o parlamento da Uganda até o final desta semana por líderes da sociedade civil e religiosos. O governo já desautorizou uma marcha por extremistas anti-gay esta semana portanto isto mostra que a pressão internacional está funcionando!


A lei propõe prisão perpétua para qualquer um acusado de ter uma relação com alguém do mesmo sexo, e pena de morte para quem cometer esse "crime" mais de uma vez. ONGs que trabalham para impedir maior contaminação por HIV podem ser condenadas a até 7 anos de prisão por "promover homossexualidade". Outras pessoas podem ser condenadas a até 3 anos de prisão por deixarem de avisar as autoridades da existência de atividades homossexuais dentro de 24 horas!


Quem apoia o projeto de lei diz defender a cultura nacional, mas uma das maiores oposições vem de dentro do próprio país. O Reverendo Canon Gideon Byamugisha é um dos muitos que nos escreveram - ele disse que essa lei:

"Está violando a nossa cultura, tradição e valores religiosos que não apoiam intolerância, injustiça, ódio e violência. Nós precisamos de leis para proteger as pessoas, não para perseguí-las, humilhá-las, ridicularizá-las e matá-las em massa."


Ao rejeitar essa perigosa lei e apoiar a oposição nós podemos ajudar a criar um precedente crucial. Vamos ajudar a criar um apoio em massa aos defensores de direitos humanos na Uganda, e salvar a vida de muitos ao impedir que essa lei passe -- assine agora e avise seus amigos e familiares:


Oposição à lei está crescendo, inclusive da Igreja Anglicana. O ativista de direitos gays na Uganda, Frank Mugisha, diz que "Esta lei nos colocará em grande perigo. Por favor, assine a petição e diga a outros para se juntarem a nós. Caso haja uma grande resposta global, nosso governo verá que a Uganda será isolada no cenário internacional, e não passará a lei".
http://www.avaaz.org/po/uganda_rights_3/?vl


FONTES:

*Notícia gentilmente enviada por email pelo amigo Jader Resende a quem agradeço.

*Carta Africana pedindo que o presidente da Uganda acabe com o projeto de lei anti-homossexual: http://www.africafiles.org/article.asp?ID=22761

*Líder de Igreja na Uganda rotula lei anti-gay de "genocídio": http://www.guardian.co.uk/katine/2009/dec/04/gideon-byamugisha-homosexuality-bill


*HumanRights Impact Assessment of Uganda’s Anti-homosexuality BillBy Sylvia Tamale, The Dean of Law at Uganda’s Makerere University:

♫VAI PASSAR...JÁ PASSOU...♫

*Sambódromo do Rio De Janeiro*


♫VAI PASSAR (Chico Buarque e Francis Hime)♫


Vai passar nessa avenida um samba popular

Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar

Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais

Que aqui sangraram pelos nossos pés

Que aqui sambaram nossos ancestrais

Num tempo página infeliz da nossa história,

Passagem desbotada na memória

Das nossas novas gerações

Dormia a nossa pátria mãe tão distraída

Sem perceber que era subtraída

Em tenebrosas transações

Seus filhos erravam cegos pelo continente,

Levavam pedras feito penitentes

Erguendo estranhas catedrais

E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz

Uma ofegante epidemia

Que se chamava carnaval,o carnaval, o carnaval

Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos

O bloco dos napoleões retintos

E os pigmeus do boulevard

Meu Deus, vem olhar,

Vem ver de perto uma cidade a cantar

A evolução da liberdade até o dia clarear

Ai que vida boa, ô lerê,ai que vida boa, ô lará

O estandarte do sanatório geral vai passar

Ai que vida boa, ô lerê,ai que vida boa, ô lará

O estandarte do sanatório geral... vai passar
*Fonte:

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

♫AFRO CORPOREIDADE♫

Por Denise Guerra

Africando o Pertencimento na Diáspora...

Fez-se Meu Afro Sentir, Pensar e Agir: Jeito, Gesto, Ginga, Oralidade, Música, Dança, Poesia...

Rompendo Cores, Sabores, Odores, Temores, Clamores, Pudores, Sagrados Sons e Senhores...

Ouvindo a Tradição do Ifá (Oráculo Africano): Ninguém Foge do Seu Odu (Destino)!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

♫BAHIANAS: UM SÍMBOLO DO BRASIL NO CARNAVAL E NA CULTURA♫



*Desenho de uma Bahiana carnavalesca por Cecília Meireles*





O vestuário chamado baiana é uma indumentária tradicional e é a mesma usada nos terreiros de candomblé. Existem roupas para todas ocasiões. A roupa de ração é a mais simples e as roupas feitas com bordado Richelieu podem custar por volta de quinze mil reais. A roupa de baiana pode tomar um colorido especial quando se trata das baianas de eventos turísticos. A roupa da baiana da Escola de samba é um caso a parte mudam de cor e modelo de acordo com o enredo da escola a cada ano, assim como as do Maracatu no Nordeste.


Roupa de ração é a roupa usada diariamente em uma casa de Candomblé. São roupas simples feitas de morim ou cretone. As roupas de ração podem ser coloridas ou brancas, dependendo da ocasião na roça de candomblé. Compõem o jogo: saia (axó) de pouca roda para facilitar a movimentação, singuê (espécie de faixa amarrada nos seios que substitui o sutian), camisu ou camisa de mulata, geralmente branco e enfeitado com rendas e bordados, calçolão (espécie de bermuda amarrada por cordão na cintura, um pouco larga para facilitar a movimentação e proteger o corpo em casos que se é necessário sentar no chão), pano da costa e o ojá, um pano que se amarra à cabeça.

*Bahiana do candomblé, religião afro-brasileira*



O axó tem uma representação muito grande no Jeje. A roupa fala de um simbolismo muito especial, que além de ético e moral, os axós dão para as mulheres posição e postura. É bonito se notar a forma e a reverência que estas roupas expressam em sua aparência e jeito: respeito acima de tudo! As mulheres de jeje, especialmente o mahin, quanto a composição de singuê, de xokotô (espécie de calça, também chamado "cauçulu"), saia, e camisu, compoem seu axó.
*
O vestuário de uma Iyalorixá é diferente das roupas usadas pelas equédis(filhas de santo que não incorporam no santo e tem função de organizar as cerimônias sendo responsáveis pelos orixás durante o transe dos irmãos de santo) e iaôs(noviças da religião), é caracterizada pelo uso da "Bata" que é usada por fora da saia com o camisu por baixo, nas casas tradicionais somente a Iyalorixá pode usar, se ela permitir suas filhas egbomis podem usar também, mas nunca permitirá o uso da Bata por uma equédi, iaô ou abian.


A Bata é símbolo de cargo ou posto dentro da hierarquia do candomblé. O pano da costa dobrado sobre o ombro também tem sua representação, é um símbolo de cargo pois as iaôs o usam amarrado no peito, as egbomis na cintura e Iyalorixás no ombro. Normalmente, saias e Batas de bordado richelieu também só são usadas pelas Iyalorixás, assim como o pano da costa de Alaká africano.


Os turbantes também chamados de torço ou ojá, usados na cabeça normalmente são maiores e mais ornamentados, assim como determinados fio-de-contas não podem ser usados por pessoas que não tem cargo, o (fio de ouro) por exemplo só pode ser usado por Iyalorixás com mais de 50 anos de Santo, símbolo de senioridade (como o usado por mãe Menininha).

*
Além do simbolismo do vestuário, existem muitos objetos que podem ser caracterizados e usados somente por Iyalorixás e Babalorixás, o anél de ouro com um búzio incrustado é um deles. O brinco de ouro com búzio antes também exclusivo das iyalorixás tornou-se de uso comum, sendo usado até por pessoas que não fazem parte da religião.


*Bahiana quituteira da Bahia*





Na nação Jeje o uso do Hungebê (colar de missangas) só é permitido a quem já fez a obrigação de sete anos, ou melhor, é quando a pessoa recebe o hungebê que passa a ser um vodunsi. Outra característica do vestuário é o uso do Ojá na cabeça, no Candomblé Jeje quem é de santo aboró usa o ojá com uma aba, e quem é de santa Iyabá ou Aiabá usa duas abas, nas outras nações algumas pessoas adotam esse uso.
*
A baiana do acarajé (ou simplesmente baiana) é como são chamadas as mulheres que se dedicam à profissão de vendedora de acarajé e outras iguarias da culinária baiana. Na maioria da vezes são filhas ou mães de santo do candomblé que adotaram essa profissão autônoma principalmente por não ter um vínculo com patrão ou empresa. Isso se dá em virtude das obrigações do candomblé muitas vezes requererem sua presença por períodos variáveis de dias podendo chegar a um mês, e se tivesse um patrão seria quase inviável. Mulheres batalhadoras que com muita luta conseguiram a regularização da profissão junto aos poderes públicos. Uma das principais figuras típicas do Brasil, chega a ser uma caracterização obrigatória nas Escolas de Samba do país.
*
Sua roupa também é de baiana, pode ser uma roupa simples com saia sem roda, bata, ojá na cabeça e os tradicionais fio-de-contas, ou mais sofisticada com todos os adereços como usam as baianas de eventos turísticos.

A indumentária típica das baianas constitui-se no marco característico da mulher afro-descendente da Bahia, que mantém vivas suas raízes históricas; como tal ela é representada em diversos eventos turísticos típicos, folclóricos, muitas vezes contratadas por empresas, em toda a Bahia e até fora dela. São de cores alegres, usam Batas de renda ou richelieu, e o turbantes ou torços são bem grandes e trabalhados, são independentes da hierarquia do candomblé, não precisa ser uma iyalorixá para usar Bata, todas usam. Um bom exemplo encontra-se na festa da Lavagem das escadarias da Igreja do Senhor do Bonfim, ou nas Escolas de Samba, que obrigatoriamente têm uma Ala das baianas.
*
*Roupa característica do Maracatu em Pernambuco*

*
A semelhança na roupa característica do Maracatu de Pernambuco com as roupas das baianas é em virtude do Maracatu ser uma parte do candomblé pernambucano que é chamado de "Xangô do Recife" ou também chamado de Xangô do Nordeste por existir em outros estados do Nordeste brasileiro. As roupas podem ser simples como as usadas também nos blocos de rua e pequenos maracatus ou sofisticadas como nos grandes maracatus que muitas vezes são confeccionadas pela própria pessoa que vai usá-la, mantendo o sigilo e a surpresa para apresentar só no dia do cortejo. O vestuário pode ser bordado à mão, trabalho que pode demorar meses para ficar pronto. Ou feitas de rendas, veludo ou brocado, e normalmente a roupa da boneca Calunga figura principal do maracatu, é igual a de sua portadora.
A armação usada por baixo nos cortejos de rua como o Maracatu e escolas de samba, geralmente são feitas de arame ou de plástico, material mais leve do que as anáguas de tecido engomado normalmente usadas nas festas de candomblé.
*


*Bahianas das Escolas de Samba do Rio de Janeiro*


A roupa clássica da ala das baianas de uma escola de samba compõe-se de torso, bata, pano da costa e saia rodada. Entretanto, a inventividade dos carnavalescos não tem limites e freqüentemente podemos ver baianas com as mais inusitadas fantasias, tais como noivas, estátuas da liberdade, seres espaciais, globo terrestre (foto) ou poços de petróleo. A confecção dessas roupas tornou-se uma indústria do carnaval que é uma das maiores fontes de emprego tanto para os componentes das escolas como para os profissionais contratados pelas escolas que tem emprego garantido durante o ano todo.

*
O mito das bahianas se vivifica nos corpos através dos vestuários e fantasias. A magia do sagrado se extende ao rito do profano. A irreverência e a alma brasileira tem raiz, história e ancestralidade Afro. UM ÓTIMO CARNAVAL PRA TODOS!



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

*TEMPOS SONHADOS DO POETA ANGOLANO FRAGATA DE MORAIS*

O amigo e poeta angolano Fragata de Morais, além de estar sempre nos prestigiando com suas visitas poéticas, disponibilizou seus poemas para serem publicados no Afro Corporeidade. Desta forma escolhi o seu "Tempos Sonhados" publicado no livro acima SUMAÚMA, editado pela União dos escritores angolanos para que possamos sonhar realmente com dias melhores para a humanidade. Boa Leitura! Afro Abraços! Denise Guerra.

TEMPOS SONHADOS(Fragata de Morais)

Aprendizes

pronto transformados

em feiticeiros

apagaram incólumes

os tempos do futuro

Restou

na obscuridade

o sonho

de vislumbrar

o eco da esperança

do amor

da lembrança

da dor

sempre ao sabor

de um vai sem vem

que é de todos

e não o é de ninguém
*
*Fonte:

*CONCURSO BLOG NOTA 10 DA REVISTA ÁFRICA E AFRICANIDADES*


A partir da indagação “você possui um blog que valoriza e divulga os aspectos artísticos, históricos e culturais da população negra?”, a Revista África e Africanidades (ISSN 1983-2354) lançou o Prêmio Blog Nota 10, com duas categorias – Professor e Blogueiro – visando selecionar os melhores do Brasil, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. O Afro Corporeidade está inscrito na categoria “Blogueiro”. A comissão julgadora estabeleceu como critérios: conteúdo, criatividade, apresentação, quantidade de postagens e de comentários.



Abaixo estão relacionados os linques para os blogues amigos que participam do evento. Vale muito a pena conferir também o trabalho dos afro-amigos. Boa Leitura!:
1) Associação Crianças Raízes do Abaeté
http://blogdoacra.blogspot.com/
2)Preta é minha cor
http://www.pretaeminhacor.blogspot.com/
3)Rede Sapatá
http://redesapata.ning.com/
4) Literatura Suburbana
http://www.literaturasuburbana.blogspot.com/
5)Projeto África
http://www.africanabarao.blogspot.com/
6)Observatório do racismo virtual
http://observatoriodoracismovirtual.blogspot.com/
7)Memorial Leila Gonzaga
http://leliagonzalez-informa.blogspot.com/
8)Blog do Heke
http://www.blogdoheke.blogspot.com/
9)Berimblog
http://www.berimblog.com.br/
10)Blog do IPCN
http://institutodepesquisadasculturasnegras.blogspot.com/
11)Fragata de Moares
http://www.blogger.com/profile/03837356731767900283
12)Tobossis virando a mesa
http://www.tobossis.blogspot.com/
13)Movimento negro unificado do Maranhão
http://movimentonegrounificadomnu.blogspot.com/
14)Afrocorporeidade
http://afrocorporeidade.blogspot.com/
15)Luiz Assunção
http://www.lassuncao.blogspot.com/

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

*SAIU A EDIÇÃO Nº8 DA REVISTA ÁFRICA E AFRICANIDADES - PARTICIPO COM O ARTIGO ACALANTOS AFRO-BRASILEIROS* CONFIRA!



*Caros Amigos e Leitores do Afro-Corporeidade,

*Repasso a relação de textos publicados na nova edição (Fevereiro/2010) da Revista África e Africanidades. Participo com o Artigo: ACALANTOS AFRO-BRASILEIROS*


*Para acessar todo o conteúdo on-line você deve visitar o site www.africaeafricanidades.com.*


*Lembramos a todos que agora o site possui uma ferramenta de busca localizada acima da logo que permite que o usuário pesquise por autor, assunto ou palavra-chave dentro de todas as edições, agilizando e facilitando a disseminação de informação. *


*Os interessados em participar da próxima edição (Maio / 2010) deverão encaminhar artigos, resenhas, relatórios de pesquisa, opiniões até o dia 30 de março. O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 30 de abril no site da Revista África e Africanidades.

Vejam normas e linhas de pesquisa em nossa página na seção Normas. *


*ARTIGOS*


*A construção da identidade afrodescendente
**Helenise da Cruz Conceição* - FAVIC / Brasil *Antônio Carlos Lima da Conceição* - UFBA / Brasil.


*Águas de Oxum para um corpo contemporâneo
**Nadir Nóbrega Oliveira* - UFBA / Brasil


*Axé-Axé: o megafenômenobaiano
**Ianá Souza Pereira* - UFBA / Brasil*


*Conhecimentos tradicionais de matriz africana e afro-brasileira no ensinode Ciências: um grande desafio **Douglas Verrangia* - UFSCar / Brasil


*Contribuições contra a invisibilidade e o silenciamento afro-descendente
**Alexandre de Oliveira *Fernandes - UNEB / Brasil


*Cruzando olhares: figurações do narrador em “As duas sombras do rio.
**Luana Antunes Costa* - USP / Brasil


*Direito e moral em “Ualalapi”
**Esmeralda Simões Martinez* - Universidade Clássica de Lisboa / Portugal


*E quem disse que Chapeuzinho Vermelho não pode ser negra
**Paulo de Tássio Borges da Silva* -UESB / Brasil


*Identidade cultural: comunidades quilombolas do extremo sul da Bahia em questão
**Eduardo Luis Biazzi de Abreu* - FACTEF / Brasil


*Jongo e resistênciacultural
** Luciana da Conceição Figueiredo* - UCAM / Brasil


*Lições da Mãe – África: uma performance desconhecida do ambientalismo africano
**Maurício Waldman* - UNICAMP / Brasil*


*Marias que venceram na vida: uma análise da ascensão da mulher negra via escolarização em Salvador,BA
**Edilene Machado Pereira** - PUC-SP / Brasil


*O basquete de rua como manifestação da cultura corporal étnica em Salvador
**Ruy J. Braga Duarte* - UFBA / Brasil


*O samba como resistência e reafirmação
**Larissa Lisboa* - UNICAMP / Brasil*


*Representações identitárias luso-angolana no tempo dos flamengos: A ressignificaçã o histórico-ficcional e sócio-cultural em “A gloriosa família"
**Isabel Leslie Figueirêdo de Menezes Lima* - UFBA / Brasil


*Tensões e desafios para a implantação da lei 10.639/03 no município deItapetinga – BA
**José Valdir Jesus de Santana* - UFSCar / Brasil Joeslei Santos Alves - UESB / Brasil*


***RESENHAS***
*A carne mais barata do mercado é a carne negra
**Alex Santana França* - UFBA / Brasil


*O narrador oblíquo de Mia Couto: Venenos de Deus, Remédios do Diabo
**Anselmo Peres Alôs* - ISCTEM / Moçambique*



**COLUNAS**
*CINEMA À procura dafelicidade **Roberto de Oliveira – Eddi MC*

*CORPO: SOM E MOVIMENTO *Artigo: Acalantos Afro-brasileiros
**DENISE GUERRA* - SME de Queimados / Brasil*


*CRÍTICA LITERÁRIA* “Praianas - Revisitações do Tempo e da Cidade”
**Ricardo Riso *- Universidade Estácio de Sá / Brasil*

*LITERATURA AFRO-BRASILEIRA* Por dentro do "Caroço de dendê: a sabedoriados terreiros", de Mãe Beata de Yemonjá
**Assunção de Maria Sousa e Silva* - UESPI e UFPI / Brasil

*MITOLOGIA AFRICANA* Mitos de Exu: entre ordenamento da estrutura econduta social e história exemplar
**Nágila Oliveira dos Santos * ESFLUP / Brasil*- PSICOLOGIA *

*Qualquer forma de amar vale apena
**Ana Luiza dos Santos Julio *- Abrapso / Brasil

SALA DE AULA- ATITUDE FILOSÓFICA

*Filosofia de raiz africana como um pensamento da complementaridade
**Luis Carlos Ferreira dos Santos - UFBA / Brasil-

*POR DENTRO DA HISTÓRIA O teatro de bonecos: uma metodologia de inserção dahistória das populações negras na sala de aula.
**Waldeci Ferreira Chagas - UEPB / Brasil-


*PLANO DE AULA *Cooperação e Solidariedade
**Luis Carlos Ferreira dos Santos - UFBA / Brasil


*RELATÓRIO DE PESQUISA*
*Negros estão fora do parlamento brasileiro: balanço eleitoral do votoétnico negro presença dos negros noparlamento.
**Alexandre Braga e Adilson Nascimento* - UNEGRO / Brasil

*OPINIÃO*


*A guerra civil noEquador
**Alexandre Braga* - UNEGRO / Brasil

***Cadernos África e Africanidades Adquira já o seu no http://www.lojaafricaeafricanidades.com


*Informações enviadas gentilmente pela diretora da Revista África e Africanidades Nágila Oliveira, a quem agradeço desejando muito sucesso para esta nova edição da revista!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

*A CULTURA DAS FAMÍLIAS EXTENSAS E DOS ANCESTRAIS EM ÁFRICA*



*Por Denise Guerra
*A Cultura Das Famílias Extensas E A Valorização Dos Mais Velhos E Dos Ancestrais Em África, Faz Parte Do Modo De Vida Africano E Muito Tem a Nos Ensinar. Tanto Nas Situações Vividas Pelas Pessoas Escravizadas Da África Para As Américas Como Nas Situações De Catástrofes Vide O Caso Recente Do Haiti; Nestas Situações Vamos Encontrar A Prática De Convivência Em Família E Adoção De Novos Membros A Estas Famílias Que Não São Parentes Sanguíneos. Os Povos De Santo (das religiões de matriz africana) Adotam Este Tipo De Convivência Por Outros Motivos, E O Povo Africano Vive Como Ninguém Estas Relações De Famílas Extensas Onde Os Filhos E Demais Parentes Adotivos Passam Até A Se Parecer Com a Nova Família. Encontrei Este Poema e Achei muito Legal Para Falar Do Assunto E Dividir Com Os Leitores e Amigos Do Blog:

AVÓS


Para muitos povos da África negra, os antepassados são os espíritos que estão vivos na árvore que cresce ao lado da sua casa ou na vaca que pasta no campo.
*
O bisavô do seu tataravô é agora aquele arroio que serpenteia na montanha. E também seu ancestral pode ser qualquer espírito que queira acompanhar você na sua viagem pelo mundo, mesmo que nunca tenha sido seu parente, nem conhecido.
*
A família não tem fronteiras, explica Soboufu Somé, do povo dagara:– Nossas crianças têm muitas mães e muitos pais. Têm tantos quantos quiserem. E os espíritos ancestrais, os que nos ajudam a caminhar, são os muitos avós que cada um tem. Tantos quantos quisermos.
*

*Fonte:

♫CARNAVAL: Alegria Mundial, Transmissão da Cultura, Resistência Afro, Ritmos Afros, Brincar, Fantasiar!♫


Na história contada pelos europeus o carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Posteriormente, os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa, tornando-a intolerável aos olhos da Igreja. Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C. Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos. A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que bania os “atos pecaminosos”. Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo, já que fugia das reais origens da festa, como o festejo pela alegria e pelas conquistas. Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência europeia. Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas da forma semelhante à de hoje.

No entanto, uma outra parte da história do carnaval tem muito mais haver com a festa celebrada no Brasil e nas Américas como um todo. Nosso escritor, pesquisado e sambista de carteirinha Nei Lopes, em sua Enciclopédia da Diáspora Africana (2004), nos conta que o carnaval é uma festa profana ligada ao calendário católico, mas, que encontra similares em várias culturas africanas como os festivais anuais realizados desde tempos remotos na África com um período de abstinência típico da quaresma. Certamente devido a essa similitude e o contingente africano que veio morar nas Américas, continua Nei Lopes, encontramos fundamentalmente a música e os alegres festejos afro-descendentes imperando no continente. Desde os Ranchos Carnavalescos, Escolas de Samba, Afoxés, Blocos-afros, Maracatus no Brasil, o Candombe no Uruguai, as Comparsas em Cuba e na Argentina, os Mardigras nas Antilhas e em New Orleans tudo faz lembrar os africanos. Há semelhanças entre o carnaval do Brasil e o carnaval da Martinica, das ilhas do Caribe e do Haiti entre outros países.

Podemos observar que além das celebrações o carnaval teve e tem um outro objetivo para os afro-descendentes a “Resistência negra e a manutenção e transmissão da cultura afro”. Os afro-descendentes através dos autos de coroação dos reis do Congo (Maracatu), mesclaram os costumes africanos e portugueses, muitas vezes zombando dos colonizadores. Os escravos passavam a ser ricos senhores ou o que mais desejassem através de suas fantasias e vivências no carnaval. Os blocos afro com temas religiosos como o Afoxé Filhos de Gandhi (desde 1948), o Ilê Aiyê (desde 1974) trazem o sagrado de matriz africana difundindo a religião dos jejê e nagôs. Certas fantasias são de praxe no carnaval e tem seus motivos históricos para tal, como as alas das bahianas numa escola de samba em referência as Tias bahianas que deram suporte para a criação do samba. As músicas dos carnavais das Américas têm como base os ritmos afros e seus tambores. As brincadeiras diversificadas são permeadas por molejos, malemolência, soltura e liberdade dos corpos. Sem dúvida nenhuma o show das escolas de samba inauguraram no século XX a maior e mais intensa expressão do carnaval mundial. Salve as festas de Momo, viva o Carnaval!

Denise Guerra.

Fonte:

*LOPES, Nei. Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São Paulo: Selo Negro, 2004.


sábado, 6 de fevereiro de 2010

♫LANÇAMENTO DO CD DA AMIGA LUÍZA DIONÍSIO NO CARIOCA DA GEMA 09 DE FEVEREIRO 21H♫ IMPERDÍVEL!!!



♫Querido Amigos e Leitores, é com imenso prazer que apresento-lhes o CD de LUÍZA DIONÍZIO esta Cantora Maravilhosa, a qual acompanhei em muitos momentos musicais. Quando tiverem o prazer de ouvir sua voz e seu swingue saberão que bom gosto também é a sua marca registrada! NÃO PERCAM ESTE SHOW DE LANÇAMENTO! Saudações Musicais! Denise Guerra.


*Flyer gentilmente enviado pela amiga Luíza Dionízio, a quem desejo muito Sucesso e Axé!*

♫ESCOLA DE MÚSICA PENTAGRAMA♫ Direção Mapinha * Músico-Professor♫

♫ESCOLA DE MÚSICA PENTAGRAMA♫ Direção Mapinha * Músico-Professor♫
♫VIOLÃO * CAVAQUINHO * GUITARRA * BAIXO * FLAUTA * SAXOFONE * TROMPETE * TROMBONE * CLARINETE * GAITA * PIANO * TECLADO * CANTO * BATERIA * PERCUSSÃO GERAL♫ RUA IGARATÁ, Nº566 - MARECHAL HERMES - Rio de Janeiro* TEL(S):3456-1510/8133-3559* www.empentagrama.kit.net

*Registrado no Creative Commons*

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*FRUTOS DA DIÁSPORA AFRICANA*






*ACESSE http://www.africaeafricanidades.com.br*

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*"Capoeira é de Todos e de Deus. Mundo e gentes têm mandinga, Corpo tem Poesia, Capoeira tem Axé"*

*"Capoeira é de Todos e de Deus. Mundo e gentes têm mandinga, Corpo tem Poesia, Capoeira tem Axé"*
*Frase do Livro "Feijoada no Paraíso" Besouro*

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♫SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS♫

  • *CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 6ª edição. Belo Horizonte: Itatiaia, 1988.
  • *COSTA, Clarice Moura. O Despertar para o outro: Musicoterapia. São Paulo: Summus Editorial, 1989.
  • * FREGTMAN, Carlos Daniel. Corpo, Música e Terapia. São Paulo: Editora Cultrix Ltda,1989.
  • *EVARISTO, Conceição. Ponciá Vicêncio. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2003.
  • * FREYRE, Gilberto. Casa grande e Senzala. 50ª edição. São Paulo: Global Editora, 2005.
  • *HOBSBAWN, Eric J. História Social do Jazz. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
  • *LOPES, Nei. Bantos, Malês e Identidade Negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
  • *_________. Dicionário Escolar Afro-Brasileiro. São Paulo: Selo Negro, 2006.
  • *_________. Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São Paulo: Selo Negro, 2004.
  • *_________. O Negro no Rio de Janeiro e sua Tradição Musical: Partido Alto, Calango, Chula e outras Cantorias. Rio de Janeiro: Pallas, 1992.
  • PEREIRA, José Maria Nunes. África um Novo Olhar. Rio de Janeiro: CEAP, 2006.
  • *RAMOS, Arthur. O Folclore Negro do Brasil. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
  • *ROCHA, Rosa M. de Carvalho. Almanaque Pedagógico Afro-Brasileiro: Uma proposta de intervenção pedagógica na superação do racismo no cotidiano escolar. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006.
  • *___________. Educação das Relações Étnico-Raciais: Pensando referenciais para a organização da prática pedagógica. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007.
  • *ROSA, Sônia. CAPOEIRA(série lembranças africanas). Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
  • *__________. JONGO(série lembranças africanas). Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
  • *___________. MARACATU(série lembranças africanas). Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
  • *SANTOS, Inaicyra Falcão. Corpo e Ancestralidade: Uma proposta pluricultural de dança-arte-educação. São Paulo: Terceira Margem, 2006.
  • *SODRÉ, Muniz. Samba o Dono do Corpo. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.
  • TINHORÃO, José Ramos. Música Popular Brasileira de Índios, Negros e Mestiços.RJ: Vozes, 1975.
  • _________ Os sons dos negros no Brasil. São Paulo: Art Editora, 1988.