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domingo, 7 de fevereiro de 2010

*A CULTURA DAS FAMÍLIAS EXTENSAS E DOS ANCESTRAIS EM ÁFRICA*



*Por Denise Guerra
*A Cultura Das Famílias Extensas E A Valorização Dos Mais Velhos E Dos Ancestrais Em África, Faz Parte Do Modo De Vida Africano E Muito Tem a Nos Ensinar. Tanto Nas Situações Vividas Pelas Pessoas Escravizadas Da África Para As Américas Como Nas Situações De Catástrofes Vide O Caso Recente Do Haiti; Nestas Situações Vamos Encontrar A Prática De Convivência Em Família E Adoção De Novos Membros A Estas Famílias Que Não São Parentes Sanguíneos. Os Povos De Santo (das religiões de matriz africana) Adotam Este Tipo De Convivência Por Outros Motivos, E O Povo Africano Vive Como Ninguém Estas Relações De Famílas Extensas Onde Os Filhos E Demais Parentes Adotivos Passam Até A Se Parecer Com a Nova Família. Encontrei Este Poema e Achei muito Legal Para Falar Do Assunto E Dividir Com Os Leitores e Amigos Do Blog:

AVÓS


Para muitos povos da África negra, os antepassados são os espíritos que estão vivos na árvore que cresce ao lado da sua casa ou na vaca que pasta no campo.
*
O bisavô do seu tataravô é agora aquele arroio que serpenteia na montanha. E também seu ancestral pode ser qualquer espírito que queira acompanhar você na sua viagem pelo mundo, mesmo que nunca tenha sido seu parente, nem conhecido.
*
A família não tem fronteiras, explica Soboufu Somé, do povo dagara:– Nossas crianças têm muitas mães e muitos pais. Têm tantos quantos quiserem. E os espíritos ancestrais, os que nos ajudam a caminhar, são os muitos avós que cada um tem. Tantos quantos quisermos.
*

*Fonte:

7 comentários:

Guará Matos disse...

Interessante essa valorização dos mais velhos e dos antepassados. Você sabia que na cultura japonesa é assim também, que os "velhos" tem uma importância enorme naquele país e na sua tradição, seja na vida familiar, empresarial ( instituições como a Sony, mantém um "conselho de "velhos" para que opinem sobre novos projetos) e também nas religiões, onde a importância dos antepassados esta presente?
Entratanto entre os amarelos e os negros existem diferenças gigantescas. No país asiático os invasores pagaram um preço. Mesmo com a "vitória" (genocídio) dos EUA na Segunda Guerra, os japoneses se desenvolveram.
Devido a importância estratégica do país para os norte-americanos e a postura nipônica de não se "agachar para ninguém", foram "indenizados" e hoje o "Sol Nascente" é uma nação forte economicamente. Na Áfica é o contrário: Exploraram, exploram e por não ter um "GRANDE GRITO", fica sem ser ouvida e assistida. E enquanto os africanos ficarem sendo olhados também como tadinhos se submeterem a essa condição humilhante diante dos seus algozes e ficarem uns aniquilando outros, vai ficar difícil.

Denise, o post não é sobre política, mas não deu pra fugir.

Agora olhando de novo para o tema da publicação, no Brasil os idosos são tratados como lixo, seja pela sociedade, governo e também pelas empresas, principalmente as de ônibus. É uma violência desmedida contra essas pessoas que produziram tanto para esse país.
E religiosamente, só algumas "cultos" preservam o antepassado como ponto de influência importantíssima para os vivos. Na maioria as religiões brasileiras, os antepassados são coisas do diabo.
Salve, salve a ignorância.
Bjs.

Denise Guerra disse...

Oi Guará, super legal seu comentário sócio-político e cultural, mas, não Salvo a ignorância, desejo morte a esta coisa que empobrece os espíritos alheios. Bjs!

Guará Matos disse...

Mas esse salve, salve foi carregado de desprezo, querida. Só não coloquei as aspas.
Bjs.

Anônimo disse...

Nossos indios viviam ou ainda vivem assim.
Muito bom

Denise Guerra disse...

Oi Guará, vc é ótimo! eu é que entendi ao contrário! desta forma "salve-se quem puder"! Obrigada por tudo! Bjs!

Denise Guerra disse...

Oi Geralda, obrigada por sua participação! É verdade as pessoas que vivem mais em contato com a natureza sabe o valor de cada ser seja vegetal, animal ou humano.Seja sempre bem vinda! Um forte Abraço!

Tânia B. Teodoro disse...

Me apaixonei pelo blog! Tenho descoberto minha identidade agora e fico muito feliz em poder participar de um blog tão rico e diversificado quanto o seu! Parabéns!

Tânia B. Teodoro
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*ACESSE http://www.africaeafricanidades.com.br*

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*"Capoeira é de Todos e de Deus. Mundo e gentes têm mandinga, Corpo tem Poesia, Capoeira tem Axé"*

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*Frase do Livro "Feijoada no Paraíso" Besouro*

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♫SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS♫

  • *CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 6ª edição. Belo Horizonte: Itatiaia, 1988.
  • *COSTA, Clarice Moura. O Despertar para o outro: Musicoterapia. São Paulo: Summus Editorial, 1989.
  • * FREGTMAN, Carlos Daniel. Corpo, Música e Terapia. São Paulo: Editora Cultrix Ltda,1989.
  • *EVARISTO, Conceição. Ponciá Vicêncio. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2003.
  • * FREYRE, Gilberto. Casa grande e Senzala. 50ª edição. São Paulo: Global Editora, 2005.
  • *HOBSBAWN, Eric J. História Social do Jazz. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
  • *LOPES, Nei. Bantos, Malês e Identidade Negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
  • *_________. Dicionário Escolar Afro-Brasileiro. São Paulo: Selo Negro, 2006.
  • *_________. Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São Paulo: Selo Negro, 2004.
  • *_________. O Negro no Rio de Janeiro e sua Tradição Musical: Partido Alto, Calango, Chula e outras Cantorias. Rio de Janeiro: Pallas, 1992.
  • PEREIRA, José Maria Nunes. África um Novo Olhar. Rio de Janeiro: CEAP, 2006.
  • *RAMOS, Arthur. O Folclore Negro do Brasil. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
  • *ROCHA, Rosa M. de Carvalho. Almanaque Pedagógico Afro-Brasileiro: Uma proposta de intervenção pedagógica na superação do racismo no cotidiano escolar. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006.
  • *___________. Educação das Relações Étnico-Raciais: Pensando referenciais para a organização da prática pedagógica. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007.
  • *ROSA, Sônia. CAPOEIRA(série lembranças africanas). Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
  • *__________. JONGO(série lembranças africanas). Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
  • *___________. MARACATU(série lembranças africanas). Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
  • *SANTOS, Inaicyra Falcão. Corpo e Ancestralidade: Uma proposta pluricultural de dança-arte-educação. São Paulo: Terceira Margem, 2006.
  • *SODRÉ, Muniz. Samba o Dono do Corpo. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.
  • TINHORÃO, José Ramos. Música Popular Brasileira de Índios, Negros e Mestiços.RJ: Vozes, 1975.
  • _________ Os sons dos negros no Brasil. São Paulo: Art Editora, 1988.