A NEGRITUDE (Ana Vidal)
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A negritude em lábios fartos e olhos cor da noite.
E nos olhos um mar de lembranças, de dor, de renascimento.
E nos lábios um som diferente, sílabas, palavras, que expressam uma nova raça.
A negritude em batuques ansiosos, que sussurram, contam, gritam sua história.
E no batuque nascem ritmos de todas as cores.
A negritude em movimentos, ora lentos, ora revoltos.
E nos movimentos, a pulsação marca a cadência que sobe pelos pés, pernas,
explode nos quadris e silencia no coração.
A negritude em sabores indescritíveis e odores embriagantes.
E no sabor sempre uma mistura de terra e fogo, principalmente fogo, de se
queimar a boca, agitar a mente e acalmar o corpo.
O corpo, que exala todos os sabores pelos poros, pela respiração.
A negritude em fé, arrebatadora.
E na fé, a certeza, devoção. O bem e o mal, intimamente ligados, como irmãos.
A negritude em símbolos, em formas decifradoras.
E nos símbolos, uma história, gerações, uma vestimenta, uma arte, expressão.
Uma raça e sua tradução.
A negritude em miscigenação.
E na miscigenação, um povo.
E no povo, uma nação.
E na nação, Brasil.
E no Brasil, a negritude.
A negritude em lábios fartos e olhos cor da noite.
E nos olhos um mar de lembranças, de dor, de renascimento.
E nos lábios um som diferente, sílabas, palavras, que expressam uma nova raça.
A negritude em batuques ansiosos, que sussurram, contam, gritam sua história.
E no batuque nascem ritmos de todas as cores.
A negritude em movimentos, ora lentos, ora revoltos.
E nos movimentos, a pulsação marca a cadência que sobe pelos pés, pernas,
explode nos quadris e silencia no coração.
A negritude em sabores indescritíveis e odores embriagantes.
E no sabor sempre uma mistura de terra e fogo, principalmente fogo, de se
queimar a boca, agitar a mente e acalmar o corpo.
O corpo, que exala todos os sabores pelos poros, pela respiração.
A negritude em fé, arrebatadora.
E na fé, a certeza, devoção. O bem e o mal, intimamente ligados, como irmãos.
A negritude em símbolos, em formas decifradoras.
E nos símbolos, uma história, gerações, uma vestimenta, uma arte, expressão.
Uma raça e sua tradução.
A negritude em miscigenação.
E na miscigenação, um povo.
E no povo, uma nação.
E na nação, Brasil.
E no Brasil, a negritude.
4 comentários:
"A negritude em miscigenação.
E na miscigenação, um povo.
E no povo, uma nação.
E na nação, Brasil.
E no Brasil, a negritude".
É isso.
Bjs.
Amor...cadê o meu comentário feito com tanto amor e carinho, snif!!!!!
Bjs.
Acho que chegaremos a um ponto máximo da humanidade, quando ninguém mais notar a cor da pele. Que venha a miscigenação!
Olá queridos Dom e Guará, obrigada pelos comentários!
Guará, vc nunca pode ser anônimo porque vc é muito conhecido pelo teor das palavras que escreve; somos negros demais se não na cor, no coração!
Dom, ainda espero pela igualdade entre os homens, mesmo que eu não esteja mais nesta encarnação, levarei o desejo para outra também!
bjs no coração de vcs dois!!!
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