♫AMIGOS DO AFRO CORPOREIDADE♫

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

♫A Festa do Santo Reis - TIM MAIA - ♫

♫QUERIDOS LEITORES, HOJE TRAGO PARA SAUDAR A FESTA DO DIA DE REIS A MÚSICA "HOJE É O DIA DO SANTO REIS" E A BIOGRAFIA DO AUTOR DESTA E DE TANTAS OUTRAS MÚSICAS: TIM MAIA, GRANDE TALENTO E PERSONALIDADE POLÊMICA, MÚSICO E ATIVISTA EM CAUSAS DA NEGRITUDE E DO BRASILEIRO MAIS HUMILDE♫

Repare que TIM MAIA começa o vídeo dando a seguinte declaração:"Olha o livrinho, olha aqui oh, o negro no Brasil não tem trabalho, não temos chance para nada, se não fóssemos cantores, jogadores de futebol, Ui! ia ficar ruim pros pretos no Brasil!" APERTE O PLAY E ASSISTA!

♫Música - A Festa do Santo Reis♫
Tim Maia
(Composição: Márcio Leonardo)

Hoje é o dia de Santo Reis

Anda meio esquecido

Mas é o dia da festa

De Santo Reis

Hoje é o dia de Santo Reis

Anda meio esquisito

Mas é o dia da festa

De Santo Reis...
Eles chegam tocando

Sanfona e violão

Os pandeiros de fita

Carregam sempre na mão

Eles vão levando

Levando o que pode

Se deixar com eles

Eles levam até os bodes...
É os bodes da gente

É os bodes, mééé

É os bodes da gente

É os bodes, mééé...
Hoje é o dia de Santo Reis

Hoje é o dia de Santo Reis

Hoje é o dia, hié! hié!

De Santo Reis

Hoje é o dia de Santo Reis

É o dia da festa, hié! hié!..(3x)

BIOGRAFIA DE TIM MAIA:(Cantor e Compositor brasileiro)1933-1998.

Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia, penúltimo filho em uma família de 19 irmãos, ficou conhecido como o síndico da Música Brasileira. Chegava e botava ordem, se bem que não gostasse muito de cumpri-las. Uma de suas características mais conhecidas, depois da voz grave e afinada, era a de faltar aos shows.

Tim começou a carreira junto com Roberto e Erasmo Carlos formando no Rio de Janeiro, em 1957, o grupo Sputniks. Depois de uma estada de seis anos nos Estados Unidos, influenciado pela soul music, o cantor definiu seu estilo e voltou com idéias rejeitadas pela Jovem Guarda. Assim, só conseguiu gravar o primeiro disco solo em 1970. E veio cheio de surpresas, estourando sucessos como Azul da cor do mar e Primavera. Estes seriam seguidos de muitos outros: A festa do Santo Reis, Não quero dinheiro (só quero amar), Você, Réu confesso, Gostava tanto de você e Sossego, para citar alguns. A soul music e o funk com tempero brasileiro foi atravessando a década de 80 com mais sucessos como Descobridor dos sete mares e Do Leme ao Pontal. Às vezes o vozeirão de Tim servia às canções mais açucaradas como Me dê motivo, Leva e Um dia de domingo. Com seu eterno bom humor e senso crítico, ele definiria mais tarde sua fórmula infalível. “Metade de minhas músicas é esquenta-sovaco e metade mela-cueca”.

Em determinados momentos da vida chegava a beber três garrafas de uísque por dia, além de usar maconha e cocaína. Por incrível que pareça, isso parece nunca ter afetado sua voz. Não se pode dizer o mesmo de suas relações profissionais. Colecionou desafetos e processos trabalhistas - de músicos contra ele e dele contra gravadoras -, além de renegar publicamente antigas amizades, ameaçar críticos e faltar a shows. Passou anos sem se apresentar na Rede Globo e acusava o todo-poderoso da emissora, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, de ser o culpado pelo boicote. Outro conhecido inimigo ele denominava ETA, “Exploradores do Talento Alheio”, formado por empresários e donos de casas de espetáculos.

Ninguém duvida que Tim foi e sempre será um dos mais talentosos artistas da música brasileira. No dia 8 de março de 1998, ao cantar a primeira música em um show no Teatro Municipal de Niterói, no Rio de Janeiro, sofreu um edema pulmonar seguido de parada cardiorrespiratória. Ficou internado no CTI do Hospital Antônio Pedro durante sete dias e faleceu no dia 15, de infecção generalizada, aos 55 anos. Em sua eterna ironia, ele se definiu com uma frase que entraria para a História: “Não fumo, não bebo e não cheiro. Meu único defeito é que minto um pouco”.

*Fontes: http://letras.terra.com.br/tim-maia/48916/

http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1480.html

6 comentários:

Guará Matos disse...

Tim Maia foi uma fera na arte de cantar, porém desperdiçou o seu talento com apelações, bobagens e conduta irregular. Não respeitava as pessoas, contratos e acordos.
Agia de maneira irresponsável e isso lhe jogou no limbo. Essa que é a grande verdade.
Bjs.

Denise Guerra disse...

Oi Guará, obrigada por seus comentários! Tim Maia foi uma vítima do seu próprio temperamento. Apesar de todos os erros, além de ser o dono de uma voz maravilhosa e de belas composições, por trás das câmeras ele fazia doações para pessoas humildes, levava crianças de orfanatos para comer, brincar e se fartar o dia todo em sua casa, piscina etc. Não fazia nenhuma propaganda dos seus deitos sociais e nem queria que isso fosse comentado. Só o seu lado problemático era filmado. Fiquemos com o grande Músico e suas composições. Bjs!

Guará Matos disse...

Sim, fiquemos.
Mas você há de convir que uma pessoas pública tem grande resposabilidade social. E queira ou não, é influência.
Não condeno o Tim ou qualquer outro, ainda mais que erro mais que acerto, porém se ele é visível esta sujeito a todas as críticas.
Bjs.

diario da Fafi disse...

Olá.

Eu concordo com voc~e Guará, que Tim não foi um exemplo de conduta, mas também concodo com a Dê. O Tim foi vítima de si mesmo, e de suas escolhas.
E determinadas escolhas, para certas pessoas se tornam grandes armadilhas.No caso do Tim,os vicios na bebida e na cocaina foram a sua perdição.
Mas eu adorooooooo ele, curti muitos os seus bailes, seu jeitão. Achava e acho ele cult,espontâneo, puro frenessi...
rsss.

Beijos

Suzy disse...

Polêmicas à parte, Tim Maia foi um dos maiores cantores e compositores da MPB.
Minhas irmãs tinham alguns LPs do Tim, e A Festa de Santo Reis era uma das minhas músicas favoritas quando criança.
O talento de Tim Maia não pode ser renegado.
Foi válida sua homenagem, Denise.
Os fãs de Tim agradecem ;)

Denise Guerra disse...

Oi Fafi e Suzy, obrigada pelos comentários! realmente o cara foi um grande talento e afinal temos poucas vozes como esta. Num país de proporções continentais e problemas sociais do mesmo tamanho nossa arte sobrevive desde sempre aos trancos e barrancos, nunca foi diferente! Que agente possa melhorar "sem perder a ternura". Bjs meninas!

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♫SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS♫

  • *CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 6ª edição. Belo Horizonte: Itatiaia, 1988.
  • *COSTA, Clarice Moura. O Despertar para o outro: Musicoterapia. São Paulo: Summus Editorial, 1989.
  • * FREGTMAN, Carlos Daniel. Corpo, Música e Terapia. São Paulo: Editora Cultrix Ltda,1989.
  • *EVARISTO, Conceição. Ponciá Vicêncio. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2003.
  • * FREYRE, Gilberto. Casa grande e Senzala. 50ª edição. São Paulo: Global Editora, 2005.
  • *HOBSBAWN, Eric J. História Social do Jazz. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
  • *LOPES, Nei. Bantos, Malês e Identidade Negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
  • *_________. Dicionário Escolar Afro-Brasileiro. São Paulo: Selo Negro, 2006.
  • *_________. Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana. São Paulo: Selo Negro, 2004.
  • *_________. O Negro no Rio de Janeiro e sua Tradição Musical: Partido Alto, Calango, Chula e outras Cantorias. Rio de Janeiro: Pallas, 1992.
  • PEREIRA, José Maria Nunes. África um Novo Olhar. Rio de Janeiro: CEAP, 2006.
  • *RAMOS, Arthur. O Folclore Negro do Brasil. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
  • *ROCHA, Rosa M. de Carvalho. Almanaque Pedagógico Afro-Brasileiro: Uma proposta de intervenção pedagógica na superação do racismo no cotidiano escolar. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2006.
  • *___________. Educação das Relações Étnico-Raciais: Pensando referenciais para a organização da prática pedagógica. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007.
  • *ROSA, Sônia. CAPOEIRA(série lembranças africanas). Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
  • *__________. JONGO(série lembranças africanas). Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
  • *___________. MARACATU(série lembranças africanas). Rio de Janeiro: Pallas, 2004.
  • *SANTOS, Inaicyra Falcão. Corpo e Ancestralidade: Uma proposta pluricultural de dança-arte-educação. São Paulo: Terceira Margem, 2006.
  • *SODRÉ, Muniz. Samba o Dono do Corpo. Rio de Janeiro: Mauad, 1998.
  • TINHORÃO, José Ramos. Música Popular Brasileira de Índios, Negros e Mestiços.RJ: Vozes, 1975.
  • _________ Os sons dos negros no Brasil. São Paulo: Art Editora, 1988.